terça-feira, 28 de abril de 2015

Terremoto

   Imagina você trabalhando em seu emprego e tudo está calmo. Os computadores funcionam perfeitamente, o telefone toca e você descobre que é mais um cliente lhe chamando, o chefe te elogia na frente de todos, o gerente do banco diz que você tem condições de investir num fundo monetário pois sua conta está no famoso azul. Tudo isso é muito bom, mas o chão estremece, os quadros nas paredes caem, o filtro com o galão d´água que antes estava tão calmo, agora borbulha de ar devido ao balanço. Você tenta sair mais o armário que caiu em frente a porta te impede, você pega o telefone para enviar uma mensagem, mas a rede está indisponível. Isso é desesperador.
   Essa foi a realidade de alguns no Nepal no sábado, dia 25 de abril, durante um terremoto que afetou 8 milhões de pessoas. Só de vítimas fatais já superou 5 mil, e o número de feridos está em 10 mil. Este tremor alcançou magnitude de 7,8  e foi o mais violento dos últimos 80 anos.

   Existem fatalidades que não podemos prever.  Catástrofes que não conseguimos entender.  E  ruínas que custam muito para reerguer. Neste momento, o que nos resta é torcer para que os números parem por onde estão; nos doar naquilo que podemos através de roupas, água, alimentos. E esperar tudo fique bem.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Desemprego

O dia 1º de maio está chegando e os brasileiros veem a situação econômica do País e se preocupam. Segundo os dados divulgados pelo Instituto DataFolha, 70% da população acredita que a taxa do desemprego vai subir e 58% acham que a economia do Brasil vai piorar. Mas como ter confiança num momento onde a corrupção avassaladora nos amedronta? 

O empresário está a procura de compradores, porém esses se controlam e cortam gastos. Já os empregados esperam um aumento salarial para manter o pouco que tem. Resumindo: Queremos vender, mas não podemos comprar.
   Assim, nada cresce a não ser o medo e apreensão. Mas especialistas revelam que o melhor é investir numa prestação de serviço de maneira que você continue empregado e nas horas vagas consiga ter uma renda extra.
   Para quem está desempregado, palestrante Daniel Godri Junior, especialista em gestão, marketing e vendas, orienta que a prestação de serviços sempre foi e sempre será uma grande alternativa em época de crise porque o investimento inicial necessário não é tão alto. Dar aulas, trabalhar com serviços de manutenção, prestar consultorias e abrir um próprio negócio.
   É momento de conter os gastos e não extrapolar. Enquanto estivermos com a maré baixa o melhor é não querer pegar onda.

domingo, 19 de abril de 2015

Falta de combustível

   Estamos num furacão de informações, escândalos e denúncias acerca da Petrobras. A maior empresa Brasileira teve um desfalque de valores que nem eu sei descrever. E vemos as condições de sobrevivência no Brasil cada vez mais apertada. Juros altos, taxa selic, desempregos. Embora tudo isso faça parte de uma proposta para que voltemos a crescer daqui há alguns anos, o que me chamou atenção foi o que aconteceu no Rio de Janeiro e na Bahia.
   Parece não envolver escândalos trilhonários, mas envolve vida e necessidade urbana. O que não tem preço. Em ambas estados, a Polícia Militar recebeu um telefonema para atender a emergências na cidade, contudo eles não puderam cumprir o seu papel por falta de combustível. Parece história mas não é.
   Como pode tirar tanto de uma empresa diretamente ligada ao combustível e não ter este mesmo produto para o andamento dos departamentos ligados ao setor público? Isso é uma divergência.Não sei o porquê desta falta e não estou aqui para julgar, mas ao invés de lermos notícias acerca de desvios de verbas, gostaríamos que a atenção dos maiorais estivessem sobre quem realmente precisa de cuidados: o povo. E não em suas contas bancárias.
   Do que adianta termos tanto no Brasil, e o pouco que temos em nossas mãos precisamos pagar pelos erros dos outros?

sábado, 18 de abril de 2015

Onde vamos parar?

   Inicio esta postagem com uma pergunta que muitos já pensaram, mas parece que a resposta não vem a tona. As vezes, penso que a resposta está bem estampada em outdoor, e nós não queremos ver. Há alguns anos, a violência já permeava a sociedade, a fome já existia e a corrupção era o piso que revestia a casa, porém tudo era sofrido em silêncio. Mas com o advento da tecnologia, quando todos se tornam comunicólogos e expõem o que seria uma foto ou ideia guardada, a realidade vem a tona. As informações existem para serem postadas, twittadas, compartilhadas e assim ela vai longe (ainda bem que hoje podemos viver na era da velocidade da informação).
   Essa velocidade nos faz conhecer um mundo que parece surreal. Esta semana fui posto contra a parede com algo que mexeu com as minhas estruturas. Quem tem filhos, certamente, sentiu mais que eu. Imagina um jardim de infância cheio de crianças que falam: "Tio, quero água!", e você podendo atende-la lhe dá a tão pura água. Ou uma criança brincando numa piscina de bolinhas coloridas. É bonito de se ver. Mas a imagem que circulou pela internet, foi de uma menina síria de 4 anos - a famosa, inocente e assustada Hudea. Ela ao ver um fotografo com seu equipamento de trabalho (uma máquina fotográfica e uma lente tele) pronto para registrar mais uma realidade fetal, levantou as mãos, mordeu os lábios de medo e num grito indizível pediu socorro, pois achava ser uma arma de fogo apontada para si.
   O que estamos vivendo? Como podemos deixar isso acontecer? Uma menina que poderia ser sua irmã, filha ou neta que ao ver uma câmera fotográfica, ao invés de encarar como um brinquedo, teme achando ser uma arma. Que futuro tem esta menina numa realidade como essa? Ela está tão acostumada com a violência que já tem a maneira singular de pedir ajuda. Sei que são perguntas que nós podemos até responder, mas mudar a realidade dela não está só em nossas mãos. Mas a tristeza e preocupação me faz querer saber: Onde vamos parar?